A apresentação será feita pelo médico psiquiatra Júlio Machado Vaz, na Biblioteca Municipal de Viana do Castelo.
Acesso livre, assegurando as regras sanitárias em vigor para o espaço da Biblioteca.
SOBRE O LIVRO DIÁRIO DOS DIAS DA PESTE
A COLECÇÃO EPHEMERA COMO NUNCA SE VIU
Uma revelação por cada dia de quarentena.
«Durante cerca de dois meses, correspondendo ao período mais duro do confinamento da epidemia da Covid-19, o ARQUIVO EPHEMERA enviou aos membros da Associação Cultural Ephemera uma mensagem diária sobre os fundos do arquivo. Para além de pretendermos distrair — objectivo não irrelevante nesses dias cinzentos, solitários e de medo — queríamos também mostrar a diversidade dos fundos e o trabalho colectivo do seu tratamento, usando exemplos do que por cá está, tratados por quem cá está. O título que demos a esta publicação não tem imaginação nenhuma: é tomado de empréstimo ao célebre diário de Daniel Defoe sobre o ano da praga em Londres, no século XXVII.
Ambos são “retratos” da praga que nunca deveríamos ter esquecido. E devemos recordar por uma razão (a mesma por que a memória nos deveria servir todos os dias): no passado, em várias ocasiões, a humanidade já passou pela experiência da praga, e em muitos aspectos aprendeu sempre pouco com a história.
Os “ephemeros” — o nome exacto que damos a nós próprios — sabem isso bem, porque vivem no meio das ruínas do tempo. Nestes dias, partilhamos essa habitação com os nossos amigos.» — José Pacheco Pereira