Viana do Castelo e as suas ruas estreitas convidam a um vaguear pela cidade e a estar atento aos muitos pormenores que se vão encontrando.
Pedro Homem de Mello (1904-1984) um nome intimamente ligado a Viana do Castelo, especialmente à localidade vianense de Afife, onde tinha residência no Convento de Cabanas, que era o seu refúgio e lugar de inspiração para a escrita, mostrou a sua enorme paixão pelo Alto-Minho e à cidade de Viana do Castelo, dedicando-lhes poemas muito bonitos. Entre os mais famosos consta o “Havemos de ir a Viana” e “A Minha Terra é Viana”, ambos imortalizados pela voz de Amália Rodrigues.
Ouça Amália Rodrigues a cantar “A Minha Terra é Viana”, um dos poemas mais bonitos sobre Viana, escrito por Pedro Homem de Mello.
Pedro Homem de Mello (1904-1984) um nome intimamente ligado a Viana do Castelo, especialmente à localidade vianense de Afife, onde tinha residência no Convento de Cabanas, que era o seu refúgio e lugar de inspiração para a escrita, mostrou a sua enorme paixão pelo Alto-Minho e à cidade de Viana do Castelo, dedicando-lhes poemas muito bonitos. Entre os mais famosos consta o “Havemos de ir a Viana” e “A Minha Terra é Viana”, ambos imortalizados pela voz de Amália Rodrigues.
Ouça Amália Rodrigues a cantar “A Minha Terra é Viana”, um dos poemas mais bonitos sobre Viana, escrito por Pedro Homem de Mello.
A minha terra é Viana
Sou do monte e sou do mar
Só dou o nome de terra
Onde o da minha chegar.
Ó minha terra vestida
Da cor da folha da rosa
Ó brancos saios de Perre
Vermelhinhos de Areosa
Virei costas à Galiza
Voltei-me antes para o mar
Santa Marta saias negras
Tem vidrilhos de luar.
Dancei a Gota em Carreço
O Verde Gaio em Afife
Dancei-o devagarinho
Como a lei manda bailar
Como a lei manda bailar
Dancei em fila a Tirana
E dancei em todo o Minho
E quem diz Minho diz Viana.
Virei costas à Galiza
Voltei-me então para o Sul
Santa Marta saias verdes
Deram-lhe o nome de azul.
A minha terra é Viana
São estas ruas estreitas
São os navios que partem
E são as pedras que ficam.
É este sol que me abrasa
Este amor que não engana
Estas sombras que me assustam
A minha terra é Viana.
Virei costas à Galiza
Pus-me a remar contra o vento
Santa Marta saias rubras
Da cor do meu pensamento.