O tema divide os vianenses. Diante da polémica, você é contra ou a favor da intervenção na Praia Norte?
Numa tentativa de esclarecer (penso eu) o que realmente está em causa, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, acaba de publicar no seu site, o texto que transcrevo na integra.
Empreitada de Defesa Costeira e Proteção de Pessoas e Bens na frente Marítima da Praia Norte (Fase 1) e Requalificação da Frente Marítima (Fase 2)
Pretende assegurar a manutenção equilibrada desta faixa da orla costeira particularmente ameaçada pelo efeito do mar e pela ocorrência de ocupação densificada. Na primeira fase, considerada de emergência, estão previstas obras de consolidação de infraestruturas de proteção da erosão costeiras, redes de infraestruturas necessárias e o reordenamento do estacionamento. Na segunda fase, está prevista a execução de praças temáticas, instalação de mobiliário urbano e equipamento de recolha de lixo, árvores e vegetação, sinalização e iluminação pública e remates de infraestruturas.
Investimento: 3,4 Milhões de Euros
A intervenção já se encontrava identificada no Plano de Pormenor para o Arranjo da Praia Norte e área envolvente, da autoria do Arq. Henrique Carvalho, de 1993. Para esta área, foi delimitada uma Unidade de Estudo (UE6) no Plano de Urbanização da cidade de Viana do Castelo de 16 de Julho de 2008. Nele, caraterizava-se esta área litoral como praia degradada pelas obras portuárias, deficientemente infraestruturada e não permitindo uma condigna utilização (art. 173º), mas estava também prevista a sua reabilitação como área eminentemente lúdica, dotando-a das necessárias infraestruturas e equipamentos de apoio (art. 174º).
Desta forma, o Plano Estratégico elaborado pela Sociedade Polis Litoral Norte identificou este projeto como área de valorização paisagística e ambiental com a qualificação do espaço público, ordenamento do estacionamento e construção de estruturas de apoio turístico (2008).
O projeto aprovado e que será executado foi apresentado e discutido nos II Encontros do Litoral (sessão pública) de 24 e 25 de Novembro de 2010 e decorreu de um concurso público de conceção, tendo este concurso por base e termos de referência o previsto no PUC e Plano Estratégico da Polis Litoral Norte.
A intervenção vai criar novas áreas destinadas à prática desportiva e de lazer, complementares ao uso balnear, a implementação de um equipamento de apoio à interpretação ambiental do espaço natural envolvente, destacando-se as vertentes biológica e geológica, bem como das práticas tradicionais associadas ao mar como a pesca, o sargaço e a terapêutica.
Neste equipamento está também previso um posto de leitura pública associada a uma área expositiva e cultural.
Prevê igualmente o recuo do muro de proteção e a contenção da linha da costa, concentra o estacionamento e circulação automóvel na via a nascente e liberta a marginal deste tipo de função para a reservar para uso pedonal em exclusividade, promovendo espaços de recreio e lazer, como o percurso da ecovia do litoral que liga o atual troço do Forte do Castelo Velho à Avenida do Atlântico, favorecendo assim a promoção de estilos de vida saudável.
O projeto a executar tem quatro vezes mais área que a atualmente disponível para as pessoas e atividades de recreio e lazer. É construída uma área de espaço público e um passeio marginal, Praça da Cultura, Praça do Conhecimento, Praça do Desporto e Praça do Lazer e Bem Estar.
Nesta área de intervenção de cerca de 40 mil metros quadrados, estão previstos dois equipamentos de apoio completo à praia, um bar e restaurante, um equipamento de apoio à prática desportiva, um equipamento para talassoterapia ou atividades medicinais, bem como uma biblioteca de praia/Centro de Interpretação.
A praia irá contar com 288 lugares de estacionamento formais, em vez dos atuais 204 existentes, e vai ainda dispor de 14 áreas de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e 5 autocarros.
O passeio marítimo contemplará duas rampas de acesso à praia para pessoas com mobilidade reduzida e a área útil de praia será ampliada em cerca de 30 por cento em função da construção do novo murete de proteção e defesa costeira.
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