Câmara quer reabrir e transformar parque subterrâneo do Campo da Agonia em parque de estacionamento ''LOW COST''
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"Apresentámos uma proposta à sociedade VianaPolis para que seja transferida para a Câmara, a concessão do espaço, para que, no mais curto espaço de tempo podermos resolver, de forma amigável, o contencioso que existe com o concessionário. Gostaria de ter este assunto resolvido ainda este mês", explicou o socialista José Maria Costa.
Em causa está a exploração do parque de estacionamento subterrâneo do Campo d'Agonia, adjudicada em abril de 2008 pela sociedade VianaPolis à empresa Estação Viana Shopping Imobiliária, vencedora da hasta pública com a melhor proposta - 900 mil euros -, entre quatro concorrentes, por um prazo de 30 anos.
Em dezembro último o concessionário do maior parque de estacionamento subterrâneo da cidade de Viana do Castelo, com 1.080 lugares, anunciou o encerramento do equipamento, por tempo indefinido, acusando a VianaPolis de "incumprimento" contratual.
Na proposta entretanto apresentada pela Câmara à sociedade que gere o programa Polis da cidade- o município detém 40% da VianaPolis - a autarquia "invoca razões de interesse público para assumir a gestão do equipamento", disponibilizando-se para fazer "a resolução do contrato, através da devolução do valor, cerca de 900 mil euros, que o concessionário pagou pela concessão".
"É o valor que estamos a negociar com o concessionário para que ele liberte o parque", adiantou.
"A ausência daquele parque está a causar-nos muita perturbação, não só na atividade económica como também no apoio à área residência da zona oriental da cidade. No mês de agosto, com das festas da Senhora da Agonia, é uma peça fundamental no desenho de toda a mobilidade da cidade", justificou.
Se a proposta for aceite pela VianaPolis, detida em 60% pelos ministérios do Ambiente e das Finanças, disse, "o parque reabrirá com a exploração entregue a outro concessionário ou por administração direta da Câmara".
Explicou que o objetivo do município passa por transformar a estrutura, um investimento de 12 milhões de euros, no primeiro parque de estacionamento 'low cost' da cidade, ou seja, com tarifas de baixo custo.
"No desenho que estamos a fazer para a mobilidade na cidade estamos a pensar que este parque seja de baixo custo, que dê apoio a toda a população que vem para a cidade para trabalhar e também às atividades económicas daquela zona", sustentou.
Em dezembro passado, quando encerrou o parque, a administração da Painhas Parques (detentora da concessão), explicou, em comunicado, que nos últimos anos "sucederam-se as infiltrações em todo o parque", de dois pisos subterrâneos, que, dada a "natureza corrosiva" provocaram danos nos veículos.
"Infiltrações essas causadas por vícios ou defeitos de construção da responsabilidade do consórcio a quem a VianaPolis adjudicou a execução da obra de construção do parque. Essas infiltrações ainda hoje se mantêm por manifesta incapacidade do referido consórcio em eliminar aqueles vícios, já reconhecida pela Viana Polis", justificou, na altura, a empresa.
Fonte: Agencia Lusa (16.06.2014)