Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) deverão fechar ainda hoje um acordo com um dos maiores armadores gregos, num valor superior a 120 milhões de euros.
O contrato a estabelecer com a Hellenic Seaways prevê a construção de dois ferries no valor de mais de 60 milhões de euros cada, destinados a assegurar o transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as ilhas gregas. A concretizar-se, o negócio prevê ainda a opção de construção para uma terceira unidade.
Este contrato é considerado fundamental para reequilibrar a actualmente debilitada carteira de encomendas dos ENVC. Representa, também, uma nova aposta estratégica, pois, como é intenção da administração, permitirá "a sua entrada na área da construção de sofisticadas embarcações de luxo". Os estaleiros passarão, assim, "a integrar o grupo de elite dos construtores navais ocidentais neste segmento de mercado dos armadores especializados em navios de cruzeiro e megaiates de grande luxo".
Delegação na Grécia
Uma delegação dos Estaleiros, composta pelo responsável pela área comercial e financeira e pelo director de produção e projectos, entre outros técnicos, encontra-se há cerca de três semanas na Grécia a ultimar a assinatura do contrato com a Hellenic Seaways, que, baseada no apoio da empresa de construção naval, conseguiu financiamento junto da banca portuguesa.
O facto de os responsáveis locais se encontrarem ausentes poderá estar na origem do adiamento, comunicado ontem pela administração da Empordef - a holding pública das indústrias de defesa que detém os ENVC -, da assembleia geral que estava marcada para hoje. A reunião ficou agendada para 7 de Maio para apresentação das contas de 2009, que somam prejuízos de cerca de 22 milhões de euros.
A recusa, em Abril de 2009, do Governo dos Açores em aceitar o ferry-boat Atlântida, por não cumprir a velocidade máxima contratada, é a principal razão apontada para as crescentes dificuldades económicas da empresa, que já tem um passivo a rondar os 60 milhões de euros. Uma das soluções que passarão pela assembleia consiste na redução do número de trabalhadores, actualmente cerca de 900, para viabilizar a empresa.
Estas decisões caberão ao novo elenco directivo que será nomeado nessa reunião magna, uma vez que a actual administração terminou funções em finais do ano passado. A identidade dos novos administradores "mantém-se no segredo dos deuses", mas tudo indica que terão ligações à Armada Portuguesa para reforçar a área do fabrico de navios para uso militar. Este é, aliás, o segmento que assegura actualmente metade da capacidade de produção do maior construtor naval do país.
O contrato a estabelecer com a Hellenic Seaways prevê a construção de dois ferries no valor de mais de 60 milhões de euros cada, destinados a assegurar o transporte marítimo de passageiros e viaturas entre as ilhas gregas. A concretizar-se, o negócio prevê ainda a opção de construção para uma terceira unidade.
Este contrato é considerado fundamental para reequilibrar a actualmente debilitada carteira de encomendas dos ENVC. Representa, também, uma nova aposta estratégica, pois, como é intenção da administração, permitirá "a sua entrada na área da construção de sofisticadas embarcações de luxo". Os estaleiros passarão, assim, "a integrar o grupo de elite dos construtores navais ocidentais neste segmento de mercado dos armadores especializados em navios de cruzeiro e megaiates de grande luxo".
Delegação na Grécia
Uma delegação dos Estaleiros, composta pelo responsável pela área comercial e financeira e pelo director de produção e projectos, entre outros técnicos, encontra-se há cerca de três semanas na Grécia a ultimar a assinatura do contrato com a Hellenic Seaways, que, baseada no apoio da empresa de construção naval, conseguiu financiamento junto da banca portuguesa.
O facto de os responsáveis locais se encontrarem ausentes poderá estar na origem do adiamento, comunicado ontem pela administração da Empordef - a holding pública das indústrias de defesa que detém os ENVC -, da assembleia geral que estava marcada para hoje. A reunião ficou agendada para 7 de Maio para apresentação das contas de 2009, que somam prejuízos de cerca de 22 milhões de euros.
A recusa, em Abril de 2009, do Governo dos Açores em aceitar o ferry-boat Atlântida, por não cumprir a velocidade máxima contratada, é a principal razão apontada para as crescentes dificuldades económicas da empresa, que já tem um passivo a rondar os 60 milhões de euros. Uma das soluções que passarão pela assembleia consiste na redução do número de trabalhadores, actualmente cerca de 900, para viabilizar a empresa.
Estas decisões caberão ao novo elenco directivo que será nomeado nessa reunião magna, uma vez que a actual administração terminou funções em finais do ano passado. A identidade dos novos administradores "mantém-se no segredo dos deuses", mas tudo indica que terão ligações à Armada Portuguesa para reforçar a área do fabrico de navios para uso militar. Este é, aliás, o segmento que assegura actualmente metade da capacidade de produção do maior construtor naval do país.
Fonte: Jornal Público (2010.04.29)