Exposição dos alunos do Ateliê de Desenho e Pintura orientado por Rui Pinto
06/02 a 11/04/2010, todos os dias das 10H00 às 19H00, no Viana Welcome Center (à rotunda da Liberdade), Viana do Castelo
Uma história breve
Quando, em Maio de 2008, iniciei, a convite da Câmara Municipal de Viana do Castelo, a actividade deste ateliê de desenho e pintura, encontrei cinco interessados. Olharam-me com naturalidade e, da mesma forma, confessaram por igual: - Olhe que nós não percebemos nada disto! Apelei à minha tranquilidade para evitar pensar que tinha de os pôr a saber disto. Conversei com o grupo, procurei que entendessem as minhas limitações face à falta de formação académica que não possuo, mas, partindo de alguma experiência acumulada, garanti o meu empenho e dedicação à causa.
Ouvindo, fui percebendo que, essencialmente, queriam aprender a pintar naturezas-mortas, se possível um ou outro retrato... no fundo, ocuparem algum tempo com, pouco mais, que artes-decorativas. Senti-me embaraçado. De facto, sem prejuízo das ditas artes e distante de qualquer presunção da minha parte, aquela não era a minha vocação. E disse: - Sem pretender melindrar ninguém vou tentar que sejamos um pouco mais ambiciosos na íntima convicção de que todos ficaremos mais satisfeitos. Vamos desmontar essa ideia feita de que não percebem nada disto. Acreditem na vossa sensibilidade. Para tal vamos mesmo, perdoem a redundância, começar pelo princípio e esse é acreditar que, com muita calma e igual vontade, seremos capazes de perceber alguma coisa disto. Basta abrir a mente. Esse será o meu primeiro objectivo em paralelo com algumas práticas de desenho livre, tão espontâneo quanto o consigam, sem medos, sem vergonhas, sem sentido, ousado e descontraído. Acreditem!
Hoje, sei que acreditaram, por isso trabalharam... e trabalham... e estudam.
Esta primeira exposição pretende, sobretudo, mostrar o trajecto do grupo na(s) ingrata(s) técnica(s) da aguarela que foi trabalhada antes da aventura por diferentes técnicas da pintura a óleo. Hoje, quando o grupo já é constituído por dezasseis elementos, estuda-se e trabalha-se o cubismo. Com participação, com alegria... Entre escolhas de cores trocam-se receitas de uma nova tarte de maçã... E a discussão de uma paleta pode acabar na projecção de um piquenique ou de uma ida ao cinema em grupo. Sempre em grupo!
E a este, ao Grupo, o meu Muito Obrigado
Ouvindo, fui percebendo que, essencialmente, queriam aprender a pintar naturezas-mortas, se possível um ou outro retrato... no fundo, ocuparem algum tempo com, pouco mais, que artes-decorativas. Senti-me embaraçado. De facto, sem prejuízo das ditas artes e distante de qualquer presunção da minha parte, aquela não era a minha vocação. E disse: - Sem pretender melindrar ninguém vou tentar que sejamos um pouco mais ambiciosos na íntima convicção de que todos ficaremos mais satisfeitos. Vamos desmontar essa ideia feita de que não percebem nada disto. Acreditem na vossa sensibilidade. Para tal vamos mesmo, perdoem a redundância, começar pelo princípio e esse é acreditar que, com muita calma e igual vontade, seremos capazes de perceber alguma coisa disto. Basta abrir a mente. Esse será o meu primeiro objectivo em paralelo com algumas práticas de desenho livre, tão espontâneo quanto o consigam, sem medos, sem vergonhas, sem sentido, ousado e descontraído. Acreditem!
Hoje, sei que acreditaram, por isso trabalharam... e trabalham... e estudam.
Esta primeira exposição pretende, sobretudo, mostrar o trajecto do grupo na(s) ingrata(s) técnica(s) da aguarela que foi trabalhada antes da aventura por diferentes técnicas da pintura a óleo. Hoje, quando o grupo já é constituído por dezasseis elementos, estuda-se e trabalha-se o cubismo. Com participação, com alegria... Entre escolhas de cores trocam-se receitas de uma nova tarte de maçã... E a discussão de uma paleta pode acabar na projecção de um piquenique ou de uma ida ao cinema em grupo. Sempre em grupo!
E a este, ao Grupo, o meu Muito Obrigado
Rui Pinto
Albino Castro, Viana do Castelo, 57 anos. No ateliê desde Agosto 2009. Ester Oliveira, Mujães, 68 anos. No ateliê desde Janeiro 2010. Florbela Barros, Vila Nova de Cerveira, 37 anos. No ateliê desde Janeiro 2010. Gillian Baldwin, Londres, 60 anos. No ateliê desde Maio 2009. Goretti Cruz, Luanda, 42 anos. No ateliê desde Maio 2009. Júlia Sampaio, Portuzelo, 57 anos. No ateliê desde Setembro 2008. Lucinda Soares, Perre, 60 anos. No ateliê desde Maio 2008. Isabel Verde, Viana do Castelo, 58 anos. No ateliê desde Maio 2008. Jaqueline Garcia, Montalegre, 38 anos. No ateliê desde Maio 2008. Lila Caponio, Tucumón – Argentina, 55 anos. No ateliê desde Janeiro 2010. Louise Ready, Joanesburgo, 69 anos. No ateliê desde Fevereiro 2009. Maria José Ferreira, Viana do Castelo, 52 anos. No ateliê desde Novembro 2009. Ricardo Pereira, Viana do Castelo, 48 anos. No ateliê desde Maio 2008. Rosa Ferros, Barcelinhos, 60 anos. No ateliê desde Maio 2008. Rui Sousa, Massarelos, 29 anos. No ateliê desde Dezembro 2009. Sofia Cunha, Ponte de Lima, 25 anos. No ateliê desde Junho 2008.
Texto retirado do Catálogo da Exposição.
Texto retirado do Catálogo da Exposição.