Notícia da Rádio Alto Minho, Viana do Castelo, de 2009.08.28
A possibilidade da construção e concessão da futura marina atlântica de Viana do Castelo poder ser entregue, por adjudicação directa, a uma empresa de Espanha, levou um grupo de empresários vianenses a assumirem-se como candidatos à gestão conjunta dos três espaços de náutica de recreio previstos no Plano de Pormenor da frente ribeirinha da cidade.
A proposta da sociedade náutica Real Iate de Viana foi entregue no prazo limite de 30 dias fixado pela Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC). Assenta “num conceito de gestão partilhada, integradora de diversos agentes e sectores de negócio, de actividades desportivas e formativas, reforçando a economia do mar como componente fundamental do desenvolvimento estratégico de Viana”.
É a segunda candidatura à exploração dos equipamentos uma vez que em Julho passado, a APVC tinha anunciado o interesse de um investidor espanhol, com experiência na gestão de portos de recreio. A proposta de exploração apresentada pela empresa espanhola foi «considerada positiva», ficando dependente a sua aceitação de novas candidaturas, o que veio a acontecer. A APVC deverá agora lançar novo concurso público para a atribuição da concessão por um período que pode ir dos 30 aos 50 anos. O primeiro, aberto em 2008, fechou deserto de propostas.
A concessão inclui a construção da futura marina atlântica, prevista para a antiga doca comercial e a recuperação da marina junto à ponte Eiffel e a que está situada a nascente, no parque da cidade, destinada a embarcações mais pequenas. O projecto de recuperação urbanística da zona envolvente da futura marina atlântica prevê ainda a construção de um aparthotel e unidades de restauração.
Para a sociedade de Viana “o conhecimento e a experiência dos problemas locais e regionais, deverão ser factores determinantes na definição do perfil da futura entidade concessionária”.
Em declarações à RAM um dos sócios, Rui Martins, afirmou que «seria no mínimo descabido que os empresários locais não estivessem atentos à possibilidade de gerir os seus próprios recursos».
«É um dever municipalista e patriótico o assumir dos desafios empresariais dedicados ao investimento e à gestão dos recursos ambientais e construídos que constituem o nosso valioso património».
Para este arquitecto de formação, que chegou a exercer as funções de vereador responsável pelo planeamento e gestão urbanística no primeiro mandato do executivo socialista de Defensor Moura, a candidatura é «um claro manifesto da capacidade empreendedora e inovadora» dos empresários locais, que «em igualdade de oportunidade», quer ao nível técnico quer de financiamento, «têm condições para gerir os seus próprios destinos, sem dificuldades».
«A decisão de concessão tem que ser muito bem ponderada, envolvendo inclusivamente o poder político local, porque isto vai vincular a cidade a um compromisso que pode ir até aos 50 anos», sublinhou.
Para Martins, autor da ponte móvel construída na marina a jusante da ponte Eiffel, a concessão «deve resultar da análise dos projectos de gestão e da credibilidade das pessoas envolvidas».
A estratégia da sociedade náutica passa por transformar as marinas num equipamento «activo e gerador de dinâmicas económicas e sócias».
«Tem que gerar actividades paralelas ao nível da hotelaria, turismo, restauração, construção e manutenção naval e formação náutica», adiantou.
Segundo o empresário, não é esse o modelo actual «resultante da gestão estatal».
«Uma marina não se pode limitar a ser um parque de estacionamento de embarcações e a cobrar taxas».
De acordo com Rui Martins, a marina «não tem condições de acolhimento, não possui posto de abastecimento de combustível e está assoreada».
«Anuncia cotas de fundos de três metros mas, na maré baixa embarcações de um 1,8 m já ficam encalhadas».
«É frequente, em Baiona ou em Vigo, os velejadores que navegam pela costa atlântica, com destino ao sul da Europa, serem aconselhados a não acostar em Viana», frisou.
Para a Real Iate de Viana, as marinas devem ser «equipamentos turísticos de altíssima qualidade, onde não se admitem falhas desta natureza».
Actualmente o porto de recreio é constituído por duas docas. Uma, situada a jusante da velha ponte metálica, com 163 postos de acostagem para embarcações até 20 metros de comprimento e 3 metros de calado. A outra, localizada a montante da mesma ponte, dispõe de 144 postos de amarração para embarcações de menor porte.
Aumentar o número de atracagens já existentes na cidade é o objectivo da construção das novas marinas, já que a aposta no turismo náutico tem sido apontada como uma das áreas que o executivo socialista está interessado em explorar.
A proposta da sociedade náutica Real Iate de Viana foi entregue no prazo limite de 30 dias fixado pela Administração do Porto de Viana do Castelo (APVC). Assenta “num conceito de gestão partilhada, integradora de diversos agentes e sectores de negócio, de actividades desportivas e formativas, reforçando a economia do mar como componente fundamental do desenvolvimento estratégico de Viana”.
É a segunda candidatura à exploração dos equipamentos uma vez que em Julho passado, a APVC tinha anunciado o interesse de um investidor espanhol, com experiência na gestão de portos de recreio. A proposta de exploração apresentada pela empresa espanhola foi «considerada positiva», ficando dependente a sua aceitação de novas candidaturas, o que veio a acontecer. A APVC deverá agora lançar novo concurso público para a atribuição da concessão por um período que pode ir dos 30 aos 50 anos. O primeiro, aberto em 2008, fechou deserto de propostas.
A concessão inclui a construção da futura marina atlântica, prevista para a antiga doca comercial e a recuperação da marina junto à ponte Eiffel e a que está situada a nascente, no parque da cidade, destinada a embarcações mais pequenas. O projecto de recuperação urbanística da zona envolvente da futura marina atlântica prevê ainda a construção de um aparthotel e unidades de restauração.
Para a sociedade de Viana “o conhecimento e a experiência dos problemas locais e regionais, deverão ser factores determinantes na definição do perfil da futura entidade concessionária”.
Em declarações à RAM um dos sócios, Rui Martins, afirmou que «seria no mínimo descabido que os empresários locais não estivessem atentos à possibilidade de gerir os seus próprios recursos».
«É um dever municipalista e patriótico o assumir dos desafios empresariais dedicados ao investimento e à gestão dos recursos ambientais e construídos que constituem o nosso valioso património».
Para este arquitecto de formação, que chegou a exercer as funções de vereador responsável pelo planeamento e gestão urbanística no primeiro mandato do executivo socialista de Defensor Moura, a candidatura é «um claro manifesto da capacidade empreendedora e inovadora» dos empresários locais, que «em igualdade de oportunidade», quer ao nível técnico quer de financiamento, «têm condições para gerir os seus próprios destinos, sem dificuldades».
«A decisão de concessão tem que ser muito bem ponderada, envolvendo inclusivamente o poder político local, porque isto vai vincular a cidade a um compromisso que pode ir até aos 50 anos», sublinhou.
Para Martins, autor da ponte móvel construída na marina a jusante da ponte Eiffel, a concessão «deve resultar da análise dos projectos de gestão e da credibilidade das pessoas envolvidas».
A estratégia da sociedade náutica passa por transformar as marinas num equipamento «activo e gerador de dinâmicas económicas e sócias».
«Tem que gerar actividades paralelas ao nível da hotelaria, turismo, restauração, construção e manutenção naval e formação náutica», adiantou.
Segundo o empresário, não é esse o modelo actual «resultante da gestão estatal».
«Uma marina não se pode limitar a ser um parque de estacionamento de embarcações e a cobrar taxas».
De acordo com Rui Martins, a marina «não tem condições de acolhimento, não possui posto de abastecimento de combustível e está assoreada».
«Anuncia cotas de fundos de três metros mas, na maré baixa embarcações de um 1,8 m já ficam encalhadas».
«É frequente, em Baiona ou em Vigo, os velejadores que navegam pela costa atlântica, com destino ao sul da Europa, serem aconselhados a não acostar em Viana», frisou.
Para a Real Iate de Viana, as marinas devem ser «equipamentos turísticos de altíssima qualidade, onde não se admitem falhas desta natureza».
Actualmente o porto de recreio é constituído por duas docas. Uma, situada a jusante da velha ponte metálica, com 163 postos de acostagem para embarcações até 20 metros de comprimento e 3 metros de calado. A outra, localizada a montante da mesma ponte, dispõe de 144 postos de amarração para embarcações de menor porte.
Aumentar o número de atracagens já existentes na cidade é o objectivo da construção das novas marinas, já que a aposta no turismo náutico tem sido apontada como uma das áreas que o executivo socialista está interessado em explorar.